segunda-feira, 17 de junho de 2019

Alceu Valença 'rouba' protagonismo do rock e mostra força da música nordestina no palco João Rock

Canções marcantes de três décadas atrás, como “Baião”, “Solidão” e “Tropicana”, embalaram o show do pernambucano no festival em Ribeirão Preto, SP.


Fonte: Amanda Pioli, G1 Ribeirão Preto e Franca
Alceu Valença empolga fãs do festival João Rock 2019, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Ricardo Nasi/G1


As primeiras notas da sanfona foram suficientes para anunciar a chegada de Alceu Valença ao palco principal do João Rock na noite deste sábado (15), em Ribeirão Preto (SP). Com seu chapéu de cangaceiro, ele já entrou colocando todo mundo para dançar o clássico “Baião”.




Por sua vez, o ritmo que deu nome à canção, com claras referências da música do agreste, continuou dando o tom dos primeiros minutos da apresentação, dos quais ainda fizeram parte “Vem Morena” e “Sonhei de Cara”.


Com um repertório cheio de clássicos dos anos 1980, mais que cantar, o artista de 72 anos mostrou que suas letras estão mais vivas do que nunca e que a dança é parte indissociável de suas criações.


Em “Coco das Serras", a sanfona deu o lugar de destaque para a guitarra, exibindo a influência elétrica que o cantor conseguiu imprimir em suas composições, como também em “Embolada do Tempo”.
Alceu Valença solta em hits como 'Morena Tropicana' e 'Anunciação', no João Rock 2019, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Ricardo Nasi/G1


Mas foi só depois de “Cavalo de Pau” e quase sem parar para respirar entre um hit e outro, que Alceu, enfim, deu boa noite ao público e exibiu, mais uma vez, sua forma peculiar de declamar as letras em grande velocidade.


Três décadas de sucesso

Sob a luz do luar, o pernambucano levou a galera ao delírio quando, no violão, dedilhou as primeiras notas da romântica “Girassol”. A canção, que este ano completa 32 anos, mesmo em meio a uma multidão de jovens, fez com que ninguém ficasse sem entoar seus versos quando o artista deixou os vocais por conta do público.


Ele continuou no violão para o começo de “Coração Bobo”, mas rapidamente abandonou o instrumento a fim de se movimentar pelo palco. Em seguida, apenas as sílabas “le le le” bastaram para engajar os fãs em uma série de sons que convocaram o sucesso “Pelas Ruas Que Andei”.
Alceu Valença leva elementos da cultura nordestina ao palco do festival João Rock 2019, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Ricardo Nasi/G1


Da década de 80, ainda vieram “Solidão” e “Táxi Lunar”, composição que o cantor explicou ter criado com a colaboração de Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. Foi também durante sua execução que aconteceu um dos coros mais bonitos da noite.


Alceu, então, continuou incentivando a participação do público, revelando, nos últimos minutos do show, que as melhores tinham ficado para o fim: “La Belle de Jour”, “Anunciação” e “Tropicana” coroaram a apresentação e transformaram, mais uma vez, o João Rock em uma festa nordestina.

Alceu Valença no palco João Rock 2019, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Ricardo Nasi/G1

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