quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Festival Pernambuco Meu País desembarca em Buíque em clima de comemoração

agosto 29, 2024 0














Do Centro ao Catimbau, a cultura pernambucana festeja os 170 anos de criação e 120 anos de elevação à categoria de cidade buiquenses.

O Festival Pernambuco Meu País 2024 aporta em sua etapa final, no município de Buíque (Agreste), neste fim de semana, e já está deixando saudade. Enquanto a despedida não chega vale mesmo é aproveitar os três últimos dias, de sexta-feira (30 de agosto) a domingo (1º de setembro), nos 15 polos descentralizados com mais de 80 atrações divididas entre diversas linguagens artísticas. O evento é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estaudal de Cultura de (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Entre as atrações musicais Buíque recebe, em grande estilo, o som de Dudu Nobre, Sem Compromisso, Samba Raízes de Arcoverde, Babado Novo, Adilson Ramos, Edilza Aires, Gangga Barreto, Caninana no Forró, Rogerinho, Beto Hortis, Mevinha Queiroga, Seresteiros do Vale, Café Preto, Zé Brown, Agda, Ednardo Dali, Trio Clóvis Pereira, Duo Siqueira Lima, Quinteto de Bandolins, Cláudio Rabeca, Mestre Alberone Rabequeiro, Nailson Vieira, Poli e Forró Casa Amarela, que estão divividos entre o palco Pernambuco Meu País e nos três polos descentralizados País da Música, na Praça Major França - inclusive com um dedicado especialmente à música instrumental, na Paróquia de São Félix de Cantalice - e no Vale do Catimbau.

Não é à tôa que um dos significados atribuídos à palavra Buíque é sala da terra, sinônimo de graça, vivacidade e sabedoria. Depois de haver passado por Taquaritinga do Norte, Bezerros, Gravatá, Pesqueira, Caruaru, Triunfo e Arcoverde, o Festival Pernambuco Meu País chega ao Planalto da Borborema, também conhecido como a Chapada Pernambucana, em clima de festa, exatamente no ano em que Buíque completa 170 anos de criação (ainda como vila) e 120 anos de sua elevação à condição de cidade. É uma comemoração em grande estilo.

Nesta edição, o País das Culturas Populares e o País Matrizes Forró, representados por nomes expressivos da região, como Banda de Pífano Santa Luzia (Arcoverde), Bacamarteiros Mandacaru de Abreu e Lima, Marcus do Pífano (Caruaru), Batalhão 21 Bacamarteiros São Caetano, Banda de Pife E Zabumba São Sebastião Oito Baixos (Arcoverde) e Grupo de Bacamarteiros Batalhão 33 (Tacaimbó), recebem a plateia no Mercado Público, no bairro Guanumbi.

Mais shows de Culturas Populares, da já famosa Zuzuada, acontecem na Praça Major França. Lá apresentam-se Samba de Coco Fulô do Barro (Arcoverde), Cavalo Marinho Boi da Luz (Olinda), Orquestra de Frevo Clube Central Isaias Lima, Adeilto Oliveira & Zé Carlos do Pajeú (Tabira-Garanhuns), Ciranda de Pontezinha, Afoxé Alafin Oyó (Olinda), Cavalo Marinho Sertão a Fora (Arcoverde), A Cocada (Olinda), Afoxé Ará Omim (Recife) e Mano de Baé (Tracunhaém).

Os populares cortejos das manifestações têm hora certa de partirem para o polo Pernambuco Meu País. Todos os dias, a partir das 18h, desfilam grupos como Maracatu Nação Cambinda Estrela (Recife), Tribo Indígena Tapirapé (Recife), Maracatu Piaba de Ouro (Olinda), Boi Estrelinha (Tacaimbó), Cia. Brasil por Dança Adriana do Frevo (Olinda), Troça Carnavalesca Mista Morena Tropicana (Olinda) e Urso Imperial (Arcoverde).

A programação em Buíque conta ainda com atrações nos polos País das Conexões Urbanas (teatro e dança), também na supracitada Praça Major França; País do Circo, no anfiteatro do mesmo logradouro; País das Conexões Visuais (artes visuais e fotografia), na Secretaria Paroquial São Félix Cantalice; País do Cinema, com seis mostras na Escola Técnica Estadual Jornalista Cyl Galindo; País das Artes Cênicas (oficinas de dança); e País da Literatura, na Biblioteca Municipal Graciliano Ramos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Música pernambucana é reverenciada na última noite do Pernambuco Meu País em Arcoverde

agosto 26, 2024 0











Lia de Itamaracá, Clayton Barros e Jorge Du Peixe demonstraram toda a potência e a pluralidade da música produzida no Estado. Além disso, a banda Capital Inicial animou uma plateia ensandecida na Praça da Bandeira


A música de Pernambuco foi a protagonista absoluta do último dia (25) do Palco Pernambuco Meu País em Arcoverde. Lia de Itamaracá, Clayton Barros e Jorge Du Peixe demonstraram toda a potência e a pluralidade da música produzida no Estado. Além disso, a banda Capital Inicial animou uma plateia ensandecida na Praça da Bandeira.


Quem abriu a noite foi a sereia de Itamaracá Lia de Itamaracá com sua ciranda sem fim, boleros e cocos. A rainha da ciranda desfilou uma série de hits do seu trabalho autoral, entre clássicos absolutos e músicas do seu mais recente álbum.


Plenamente estabelecida no mais alto degrau do panteão da música pernambucana, Lia está mais confortável do que nunca no palco e mantém o mesmo brilho no olhar do começo da sua carreira. Ao mesmo tempo parece estar se divertindo como nunca antes do alto de seus 80 anos.


No palco, ela fez piada com uma vizinha imaginária numa música, saudou as vacinas brasileiras e brincou com o público.


Com uma banda azeitada e digna da maior referência da ciranda de Pernambuco, Lia colocou todo o mundo numa roda em celebração a dança que a consagrou. Patrimônio Vivo de Pernambuco, Lia de Itamaracá abriu a noite do palco Pernambuco Meu País no mais elevado nível que se poderia ter e deu um indício de como seria essa mágica noite em Arcoverde.


Em seguida, um filho da terra, o cantor e compositor Clayton Barros apresentou seu novo show, “Primitivo Atemporal”, pela primeira vez em sua cidade natal.


O músico que é um dos líderes do Cordel do Fogo Encantado se apresentou com uma banda formada por Felipe Weinberg (bateria), Nego Henrique (percussões), Jadson Bactéria (contrabaixo) e Thiago Rad (guitarra). O repertório incluiu doze composições autorais, incluindo Faroeste, Barco Sem Rumo, Flor de Vulcão e a faixa-título Primitivo Atemporal, além de Boi Luzeiro e Chover, que foram lançadas pelo Cordel do Fogo Encantado, com coautoria de Barros e Lirinha.


Em declaração no palco, o artista explicou o conceito de seu trabalho: “O show retrata o personagem Sertão em processo de evolução, um Sertão promissor que se conecta com os costumes primitivos e as tecnologias contemporâneas, funcionando como um portal eletromagnético em sintonia com as energias do cosmos”.


Pela primeira vez em Arcoverde com seu Baião Granfino, o cantor Jorge Du Peixe mostrou porque o álbum foi considerado um dos melhores dos últimos anos. Com releituras modernas e muito próprias do repertório de Luiz Gonzaga, rei do baião, Jorge provou ser um profundo conhecedor de música, em especial da produzida no Nordeste.


De presença magnética, mas bem discreta quase tímida, no palco o cantor se agiganta ao seu modo e também abre espaço para os integrantes da banda que o acompanha brilharem. Em um ritmo e linguagem totalmente diferentes da Nação Zumbi, Du Peixe consegue manter o mesmo nível de qualidade em sua carreira solo, que parece primar pela experimentação e reverência aos verdadeiros construtores da música nordestina.


Também foi a estreia da banda Capital Inicial em Arcoverde e o público local parecia que desejava esse show a muito tempo. Banda já com muitos anos de carreira, a Capital Inicial mostrou porque alcançou esse status na praça da bandeira de Arcoverde.


Foi um desfile de sucessos um atrás do outro sem pausa ou tempo pra respirar.

Dinho Ouro Preto segue em plena forma e cada vez mais solto do que nunca no palco, interagiu, cantou e danço com um público lotado que veio abaixo cada vez que um novo hit era cantado. Para certas bandas do rock nacional, o tempo é um forte aliado.

Fotos: Juana Carvalho.

Culturas Tradicionais de Pernambuco dão o tom no País das Culturas Populares

agosto 26, 2024 0












Mestre Galo Preto, Xaxado Raízes do Amanhã Pedra e Samba de Coco Trupé de Arcoverde trouxeram, cada um em seu estilo, o melhor das culturas pernambucanas.


Saudar a riqueza da cultura popular pernambucana em seus ritmos, cores e linguagens é o propósito do País das Culturas Populares no Festival Pernambuco Meu País e neste último dia de festa em Arcoverde não foi diferente. Mestre Galo Preto, Xaxado Raízes do Amanhã Pedra e Samba de Coco Trupé de Arcoverde trouxeram, cada um em seu estilo, o melhor das culturas pernambucanas.


Abrindo o palco: Tomaz Aquino Leão, ou como todos o conhecem Mestre Galo Preto levou a tradição do coco e do repente para o palco-caminhão em Arcoverde.


Com muito improviso, elegância e irreverência, Galo Preto trouxe um repertório eclético e bastante conhecido da sua longa. “Bate o pandeiro”, “Coco do idoso” e “Pernambucana” foram algumas das entoadas que fizeram todos os pés dançarem ao ritmo do coco no portal do sertão de Pernambuco.


Patrimônio Vivo de Pernambuco, Mestre Galo Preto com seu pandeiro continua difundindo a poética e melodia do coco e da embolada pelos quatro cantos do Estado. O músico continua com uma vitalidade invejável e domina o palco com sua presença magnética.


“Foi muito bom estar aqui em Arcoverde, eu fiquei feliz de tocar aqui depois de algum tempo e é sempre uma alegria pra mim”, disse o mestre.


Logo em seguida, descendo do palco e se apresentando no chão lado a lado do público, integrantes Raízes do Amanhã fizeram uma performance evocando a tradição do xaxado.


Cerca de 90% deles são alunos e alunas da Escola de Referência em Ensino Médio Professor Brasiliano Donino da Costa Lima que fazem parte da Associação Cultural homônima. A Raízes do Amanhã é um movimento de aproximadamente 500 membros que mantêm vivas, além do xaxado, expressões culturais como frevo, pastoril, quadrilha e até a Paixão de Cristo.


Por último, encerrando o dia do palco-caminhão o Samba de Coco Trupé de Arcoverde levou toda a tradição do coco de Arcoverde para o público local. Criado em maio de 2009 pelo mestre Cícero Gomes, o Samba de Coco Trupé de Arcoverde se dedica há 11 anos a manter viva essa tradição do coco na cidade com eventos, palestras e oficinas para crianças, jovens e idosos sobre a importância dessa cultura para a região.


Da criança ao adulto, ninguém deixou de arrastar os pés com o coco do tradicional grupo. O País das Cultura Populares encerrou suas atividades em Arcoverde cumprindo sua missão de exaltar a riqueza das artes pernambucanas e já ligou as turbinas com rumo a Buíque.

Fotos: Silla Cadengue.

Potência feminina é a protagonista da segunda noite do País da Música

agosto 26, 2024 0












Cantoras Uana, Bell Puã e Killauea abalaram as estruturas do palco-caminhão com pop e rap autoral.

Na segunda noite do País da Música em Arcoverde, a força da mulheres na música autoral pernambucana foi representada pelas cantoras Uana, Bell Puã e Killauea. As três cantoras abalaram as estruturas do palco-caminhão.


Foi uma celebração da força feminina e da música autoral de Pernambuco com três expoentes da novíssima geração de artistas pernambucanas, do rap ao pop ninguém ficou parado no palco-caminhão.


Rapper, travesti, intérprete e compositora. Killauea abriu os trabalhos com sua mistura de rap com pop que quebra os estereótipos de padrões no rap.


A cantora mesclou canções autorais com versões suas de clássicos como “Súplica Cearense” de Gonzaguinha.


Killauea esbanja atitude e presença de palco, além de um inegável carisma magnético, utiliza as letras de suas canções para refletir sobre a situação dos travestis no Brasil, país que mais mata gays no mundo.


“Eu estou muito feliz em fazer parte desse festival maravilhoso, e Arcoverde é um lugar que eu amo. É tão importante ter um corpo dissidente, um corpo travesti nesse espaço e eu fico lisonjeada com isso”, disse Killauea.


Em seguida, Bell Puã trouxe canções de seu primeiro Ep “Jogo de Cintura”, onde faz do rap uma válvula de escape e refúgio para suas inquietações, para o palco-caminhão com referências da música preta, popular e nordestina. Bell mesclou canções com poesias, linguagem onde também atua com maestria.


Com carreira consolidada no slam e na literatura, Bell usa os seus versos fortes para falar das suas vivências enquanto mulher negra e nordestina tanto na escrita, na poesia falada, quanto nos raps.


“Tô muito feliz de estar aqui em Arcoverde, essa terrinha que recebe a gente com tanto amor. Eu me sinto muito grata de trazer a minha música ao portal do Sertão”, disse a cantora.


Finalizando o dia, o acontecimento pop Uana tornou o espaço sua casa e movimentou o público que lotou a praça ao som dos hits da cantora que é um dos nomes mais interessantes do pop de Pernambuco.


Uana conta com um repertório forte, seguro e que todo o público conhece e canta junto. Já são muitos hits e um exército engajado de fãs que lotou a praça do palco-caminhão e encantou uma multidão de fãs.

Fotos: Juana Carvalho.

domingo, 25 de agosto de 2024

Tradição gastronômica sertaneja no segundo dia País da Cultura Alimentar

agosto 25, 2024 0










Intervenções gastronômicas de charcutaria sertaneja e carraspana, tradicional cachaça de Arcoverde, animaram o público do Centro de Gastronomia e Artesanato

A culinária de Arcoverde foi a protagonista no segundo dia do País da Cultura Alimentar em Arcoverde, Sertão do Estado, neste sábado (24). Realizado mais uma vez no Centro de Gastronomia e Artesanato da cidade, o polo desenvolveu duas ações com o chef Rafael Diniz e com a Coperativa de Carrapana de Arcoverde.

A Intervenção Gastronômica: A Nova Charcutaria Sertaneja do Chef Rafael Diniz trouxe arte de preparar carne para produzir alimentos defumados, curados e embutidos dentro da gastronomia sertaneja.

Rafael falou sobre as novas tendências desse preparo e ensinou uma receita de arroz carreteiro, feita apenas com produtos de fabricação artesanal.

Rafael é de Petrolina, mas passou a infância em Arcoverde e trouxe suas vivências na cidade sertaneja para o seu trabalho com Charcutaria.

Em seguida, Maria Cleide Gonçalves representou a Cooperativa de Carraspana de Arcoverde. Carraspana é uma bebida típica da cidade, uma infusão preparada a base de cachaça ou aguardente com várias especiarias e cada produtor tem a sua receita própria.

Na intervenção, Maria falou sobre a história da Carraspana, preparou uma dose da cachaça e serviu degustação para o público.

“A ideia é justamente trazer os profissionais, os fazedores da terra, para que o público conheça e para valorizar mesmo esses produtores da gastronomia local”, disse Dianne Sousa, Coordenadora da Linguagem de Gastronomia da Secretaria de Cultura de Pernambuco.

Fotos: Morgana Narjara/Secult-PE/ Fundarpe.

Pluralidade das Artes Visuais é destaque no País das Conexões Visuais

agosto 25, 2024 0








Série de exposições fotográficas e de artes visuais fazem parte da programação do polo em Arcoverde.


Unir ações de artes visuais e fotografia é ideia central do País das Conexões Visuais e em Arcoverde essa essência foi amplificada pelas múltiplas ações desenvolvidas e a pluralidade das linguagens envolvidas.


Na Galeria de Arte do SESC Arcoverde são três exposições que ficarão expostas nesses três dias de Pernambuco Meu País: duas de artes visuais e uma de fotografia. A de artes visuais é “Retratos do Sertão: Um Olhar Fotográfico sobre a Cultura Popular” de John Wesley e as de fotografia são: exposição Encantados de Allan Luna e a exposição Retrato Oco de PV Ferraz.


Na Estação de Cultura ainda há a vivência Lambidaço do artista Nando Zevê. “A ideia foi valorizar a diversidade que está dentro das artes visuais, no Sesc são exposições que misturam as artes visuais mesmo.

Tem escultura, pífanos, xilogravuras, para além das fotografias”, explicou Mekson Dias, assistente administrativo de Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Pernambuco.


“As exposições de fotografia também tem outros elementos, que não sejam só fotos, tem colagem, arte digital. Na Estação Cultural tem essa vivência lambidaço que é para crianças, adultos e deixa na cidade essa lembrança do que é o festival”, completou Mekson.


A exposição Encantados de Allan Luna apresenta parte da celebração religiosa do Kipupa Malunguinho, que é uma festividade que ocorre nas matas do Catucá em Camaragibe, e as fotografias foram tiradas em um encontro nacional de Juremeiros e Juremeiras em 2015.


Já Retrato Oco de PV Ferraz, convida a um mergulho nas profundezas da experiência humana. Traz uma dualidade entre presença e ausência, o artista faz esse jogo de brincadeiras entre imagens para nos transportar até outras dimensões. Por último, a exposição “Retratos do Sertão: Um Olhar Fotográfico sobre a Cultura Popular” do fotógrado John Wesley traz fotografias de diversos segmentos e estilos das festividades da cultura popular.


“A ideia é diversificar, fazer uma mescla mesmo, fotografias de território, fotografias de recife, misturar muitas ideias e juntar tudo. Porque o festival é essa pluralidade também”, resumiu Jefferson Santana, assessor de fotografia da Secult.

Fotos: Morgana Narjara/Secult-PE / Fundarpe.
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