segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Reforma da previdência de Bolsonaro GARANTE privilégios. Conheça 6 fatos que provam isso

O Presidente  e Paulo Guedes dizem que a reforma visa combater privilégios. Trata-se de uma imensa mentira. Mostramos nesse artigo as mentiras do governo. A reforma GARANTE os privilégios dos empresários e dos militares e aprofunda desigualdades.

O governo espalha mentiras nas rádios, TVs e redes sociais. Falam que faltam recursos mas usam dinheiro público para dizer que a reforma visa combater privilégios.

A mídia entra na mesma campanha inverídica. Quando os analistas são chamados para explicar a reforma em maiores detalhes eles dizem a verdade, como fez José Neumanne Pinto do Estadão, ele disse com todas as letras que essa proposta garante privilégios (ouça os últimos 5min do podcast para ouvir a prova).

1- Quem ganha pouco vai ganhar menos ainda

É acabar com a injustiça fazer que quem ganha pouco ganhe menos ainda?
Uma das mentiras mais propagadas é que a “nova previdência” seria mais igualitária, garantindo o fim dos privilégios. Nada mais longe da realidade. Os militares continuarão se aposentando com o salário do fim da carreira, e para aumentar esse valor ainda criaram um nível hierárquico a mais. 
Os juízes e promotores garantirão seus vencimentos atuais. Os políticos – talvez, se não mudarem isso no plenário – terão uma regra de transição para “não perder direitos” de se aposentar com R$35 mil.

A realidade é que falam que há um imenso déficit da previdência, criam ele, e jogam a culpa em que menos recebe.

Mais de 60% dos aposentados ganham somente um salário mínimo e se somarmos os que ganham até 2 salários minímos (menos que R$2mil) chegamos a quase 90% dos aposentados.


A nova previdência altera as regras de cálculo de quem chegar vivo aos 65 anos de idade se homem e 62 se mulher, fazendo que alguém que se aposentaria com R$2100 passe a se aposentar com R$1500, quem se aposentava com R$1500 passe a se aposentar com R$1200, etc...O objetivo é que nenhum trabalhador ganhe mais que um miserável salário mínimo.

2- Reforma da previdência aumentará desigualdades, quem paga a conta são as mulheres, os negros, e os trabalhadores mais precários 
Fila para conseguir emprego em SP

A reforma da previdência impõe uma série de medidas que visam acabar com o direito à aposentadoria e aumentarão a desigualdade do país.


Como?
1) Uma idade mínima que muitos não chegam vivos a ela. 
2) redução dos valores das aposentadorias. 
3) imposição de tempo de contribuição que ninguém atinge, especialmente as mulheres e os negros com tamanho desemprego, rotatividade do trabalho e com novas modalidades de exploração com aplicativos que desvinculam o trabalhador da empresa contratante. 
Se a maioria da população, as mulheres e os negros terão muito mais dificuldade para se aposentar como que essa reforma combate privilégios?

3 – Empresários devem centenas de bilhões ao INSS e podem seguir com seu calote

A economia que Bolsonaro quer entregar para a Bovespa cortando o direito a aposentadoria é de R$ 1 trilhão. Esse 1 trilhão será arrancado dos direitos dos pobres e dos trabalhadores. Porém existe uma dívida de R$500 bilhões – metade do valor da reforma – corresponde ao que as maiores empresas do país devem ao INSS. E essa dívida nunca é cobrada.

Ou seja, bilionários e milionários podem continuar dando o calote no INSS que o governo não fará nada. A culpa ele joga nos trabalhadores. Como que isso não é GARANTIR privilégios?

4- O agronegócio não paga INSS

Embutida na reforma da previdência de Paulo Guedes estava a proposta de continuar a isenção de pagamento de INSS aos exportadores agrícolas. Quem pagava sua conta era todo o país. Sabe quanto isso significa? Mais de R$ 80 bilhões em dez anos.

A garantia desse beneficio segue em discussão. E é muito provável que Bolsonaro e Guedes cedam para garantir mais votos da bancada ruralista para atacar os trabalhadores, afinal esses que seriam os privilegiados, não é?

5- Militares e PM’s, os privilégios dos que são chamados a reprimir

Bolsonaro está atuando dia a dia para agradar os policiais e outras forças repressivas. Ele faz isso por calculo eleitoral, mas também por preocupações mais estratégicas que toda a burguesia concorda com ele. As forças repressivas precisam estar satisfeitas para cumprir melhor seu papel de massacrar manifestações e amedrontar a população trabalhadora, pobre e negra no dia a dia.

Depois de Bolsonaro dar um aumento às Forças Armadas e garantir condições completamente diferentes em suas aposentadorias, agora Bolsonaro atua para reduzir a idade mínima e dar outros agrados às polícias.

Esses agrados incluem aposentadoria com valor integral do último salário e, espanto, manutenção da aposentadoria especial mesmo com condenação criminosa.

6- Os maiores privilegiados – os donos da dívida – lucram ainda mais

Há dois motivos principais para a reforma da previdência: a) aumentar a concorrência dos trabalhadores por emprego e assim rebaixar os salários; b) estrangular mais o orçamento público para entregar ainda mais dinheiro aos donos da dívida pública.

E os donos da dívida pública ganham por ano R$ 1 trilhão do governo brasileiro. Justamente o valor que Guedes e Bolsonaro querem roubar do direito a aposentadoria para dar maiores lucros a esses donos do país.

Por isso é preciso lutar pelo não pagamento da dívida pública, não sometne para garantir esse fim do constrangimento ao orçamento e que assim possa existir direito a aposentadoria mas também para acabar com a sangria dos recursos do pais. Saiba mais lendo “Entenda por que não pagar a dívida pública em 8 motivos”.

É preciso combater a reforma da previdência, essa máquina de garantir privilégios. Essa reforma não tem nada de “desidratada” como falam sites ligados ao petismo. Ela acaba com o direito a aposentadoria de milhões enquanto aumenta os privilégios ou garante a continuidade dos lucros de uma minoria de capitalistas e seus PM’s. Os governadores do PT estão apoiando a reforma e ajudando Rodrigo Maia aprova-la, por isso as centrais sindicais ou boicotaram a greve geral de 14 de junho ou simplesmente não organizam um plano de luta. É necessário garantir que as centrais sindicais garantam ônibus e assembleias nos locais de trabalho para que a manifestação em Brasília agendada para o dia 12 de junho seja parte de um plano de luta.

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