sábado, 7 de setembro de 2019

Por que se vacinar e como prevenir a doença

© Fornecido por Oath Inc. Em agosto, São Paulo registrou primeira morte confirmada por sarampo desde 1977.

Desde 2018, o Brasil tem enfrentado um aumento expressivo no número de casos da doença que preocupa a população.

Por que é preciso se proteger do sarampo

O sarampo é uma doença viral infectocontagiosa e altamente transmissível. O contágio acontece por secreções expelidas na fala, na tosse, no espirro e até na respiração. Ele pode causar complicações fatais principalmente nos grupos de riscos, como crianças e pessoas com baixa imunidade.

Em 2019, os casos da doença triplicaram no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). No Brasil, boletim do Ministério da Saúde publicado em agosto confirmou 1.388 casos de sarampo nos estados do Rio, São Paulo, Bahia e Paraná. Entre os paulistas, as ocorrências aumentaram em cerca de 35%, de acordo com informações da BBC.

Mas nem sempre foi assim. O Brasil não registrava casos autóctones ( aqueles adquiridos dentro do próprio País) desde o ano 2000, com apenas dois surtos pontuais em 2013 e 2015, em Ceará e Pernambuco, respectivamente.

E, então, por que o sarampo voltou?

De acordo com os pesquisadores do vírus, a doença ressurgiu em 2018 na região norte do País, provavelmente trazido por imigrantes venezuelanos.

O problema, contudo, era que o Brasil estava abaixo do patamar ideal da vacinação, que é de uma cobertura de 95% da população. 
Quem precisa se vacinar contra o sarampo

A vacinação é a principal forma de prevenção da doença. A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, também previne a rubéola e a caxumba. Já a tetra viral imuniza contra sarampo, rubéola, caxumba e catapora.

Até o ano 2000, só era obrigatória uma dose única em crianças. A partir daquele ano, o Ministério da Saúde estabeleceu uma segunda dose da vacina contra as doenças.

A primeira dose — da tríplice — deve ser dada até 1 ano de idade. A segunda — da tetra viral — deve ser aplicada três meses após a primeira.

Crianças de 5 a 9 anos que não se vacinaram antes devem receber duas doses da tríplice viral. 

As pessoas de 10 a 29 anos que não tomaram a vacina quando eram crianças ou não têm certeza se estão imunizadas compõem o grupo de risco. Elas precisam receber as duas doses da tríplice viral, com um intervalo de 30 dias entre elas.

Já para a faixa etária de 30 a 49 anos, só é necessária a dose única da tríplice.

Pessoas acima de 50 anos podem se vacinar na rede privada ou em ações de bloqueio (em empresas, por exemplo). Profissionais de saúde nessa faixa etária têm que tomar a injeção.

Porém, a vacina é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas com imunidade comprometida e crianças menores de 6 meses.

A eficácia dessa vacina é de 97%, de acordo com informações do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo. 
Quem já tomou as duas doses da vacina não precisa se vacinar novamente

Apesar do surto em São Paulo, quem tem certeza que já tomou as duas doses da vacina não precisa se imunizar novamente.

Para ter certeza, é preciso conferir a caderneta de vacinação individual. Caso haja dúvida, o mais indicado é se imunizar.

As pessoas que já foram infectadas com o vírus também não precisam da vacinação, já que desenvolveram anticorpos contra ele. 
Quais são os sintomas do sarampo 

Febre, mal-estar, coriza, conjuntivite, tosse e falta de apetite. Manchas na pele que se espalham por todo o corpo, inclusive no rosto. Persistência da febre e indisposição. Esses são os principais sintomas do sarampo e os gatilhos aos quais você deve prestar atenção.

Pessoas com suspeita de sarampo devem se manter afastadas do contato próximo a outras pessoas para evitar a transmissão.

A situação também pode se complicar em outras doenças, como otite, pneumonia e laringite. Em casos mais graves, também se desenvolvem doenças neurológicas, como a encefalite, que é uma espécie de inflamação no cérebro.
Onde tomar vacina de sarampo 

As vacinas contra o sarampo estão disponíveis nas unidades básicas de saúde das cidades de forma gratuita.

Há, ainda, a opção de tomar a vacina em clínicas particulares. Neste caso ela é paga. É necessária a requisição médica para se vacinar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

@arcoverde.e.cia

Follow Me