sábado, 30 de julho de 2022

Antonio Nóbrega, a tradição da Coco de Arcoverde e as alternativas contra a fome no Bem Viver


O programa traz o debate da resistência da cultura popular brasileira e as saídas possíveis para sair da crise da fome

Bem Viver na TV traz uma entrevista com Antonio Nóbrega, mostra a tradição do Grupo Coco Raízes de Arcoverde e as alternativas para a crise na fome no país, através da agroecologia - Divulgação


Coco na batida dos pés! Nesta edição do Bem Viver na TV, uma produção do Brasil de Fato, o Mosaico Cultural traz o Grupo Samba de Coco Raízes de Arcoverde, que há 30 anos mantém a tradição do coco trupé no interior de Pernambuco.

Entre os mestres do grupo está Assis Calixto, Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, que ensina nas escolas da região a tradição que aprendeu também na infância.

Ele ressalta a importância da troca com as crianças para manter a cultura viva: "Nos canto que eu chego hoje a criançada já começa a cantar minha música, isso é um reforço muito grande para eu dar a continuidade nesta luta não só para criança como para adulto, em todo canto".

Mas o brincante reitera a falta de políticas públicas para cultura. "Nós precisamos que o poder olhe mais para a cultura e para os grupos culturais, porque os grupos culturais são a natureza do nosso Brasil, eles foram plantados junto do nascimento do Brasil", afirma o mestre.


No quadro Entrevista, o multiartista e pesquisador de cultura popular, Antonio Nóbrega, concorda com Calixto e defende que o governo brasileiro deveria ter uma política de "independência cultural brasileira".

"A questão da independência cultural brasileira quer dizer escutar mais o que o país tem a dizer culturalmente a partir das suas qualidades. Isso quer dizer que o outro mundo cultural, aquele criado pelos povos originários, nações africanas, pelo povo pobre português, é eligir uma cultura com valores e a gente, se quer realmente trazer uma cultura representativa de Brasil, nós temos que trazê-la à tona. Porque se a gente despreza toda a cultura que nasce aqui e absorve todo o patrimônio ocidental, seja por uma cultura erudita ou de massa, a gente está sendo uma sociedade com uma cultura ocidental de segunda", pontua o também pernambucano.


Na contramão da valorização da cultura popular brasileira e da implementação de políticas públicas para área, o governo de Jair Bolsonaro (PL) não só extinguiu o status de Ministério, como, ano passado, chegou a metade do orçamento da cultura dos últimos dez anos, de acordo com os dados da plataforma Siga Brasil.







E tem mais...

Outra realidade brasileira agravada cada dia mais é a crise de fome, 33,1 milhões de pessoas no Brasil estão com a geladeira e o armário vazios sem ter o que comer. Com a avaliação de que as eleições, nesse semestre, são decisivas para mudar neste cenário, a Conferência Nacional Popular, por Direitos, Democracia, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional organizou o Manifesto pela Soberania Alimentar e Superação da Fome.

O Alimento é Saúde mostra a série de propostas do documento e mobilização para candidatos e candidatas, que disputarão o pleito este ano, assumam o compromisso com saídas possíveis e democráticas para a crise.

E o Momento Agroecológico mostra uma das alternativas acessíveis e saudáveis para colocar comida de verdade no prato de todos os brasileiros e brasileiros, por meio da agricultura familiar e da agroecologia.

Comida de Verdade

O Comida de Verdade continua com a série de reaproveitamento. A chef Letícia Massula, do Blog Cozinha da Matilde, ensina a receita prática e deliciosa de uma omelete recheada com arroz. Confira o passo a passo:

Ingredientes
+ ou - 2 xícaras de arroz dormido
5 ovos
3 colheres de talo de cebolinha laminado
2 colheres de talos de salsinha laminado
3 colheres de cebolinha verde e salsinha picadinhas
Pimenta ardida laminada
4 colheres de manteiga ou azeite
Queijo ralado opcional
Sal e pimenta do reino

Modo de preparo:
Em uma frigideira antiaderente, sue os talos de salsinha e de cebolinha em duas colheres de manteiga, junte o arroz dormido solto previamente e refogue. Abaixe o fogo e junte ¼ de xícara de água e misture deixando aquecer o arroz em fogo baixo pra ele ficar macio.

Experimente o sal, junte o resto do cheiro verde e a pimenta ardida, misture e passe pra uma tigela e reserve.

Bata cinco ovos com sal e pimenta do reino.

Na mesma frigideira, junte as duas colheres restantes de manteiga e deixe derreter, junte os ovos batidos e em fogo baixo misture puxando as bordas pro meio com uma espátula, formando uma camada grossa de ovos, aí solte de leve as bordas.

Junte o arroz refogado no meio dos ovos, queijo ralado e feche como omelete no canto da frigideira.

Está pronto!

Onde assistir

Nas redes sociais do Brasil de Fato (Facebook e YouTube); na TVT, no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC; na TVCom Maceió, no canal 12 da NET; na TV Floripa, também no canal 12 da NET; na TVU (Universitária) Recife no canal 40 UHF digital e na TVE Bahia, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.

Quando

Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h.

Na TVCom: sábados às 10h30, com reprise domingo às 10h.

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h.

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30.

Sintonize

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver está ainda nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: radio@brasildefato.com.br.

Fonte e Edição: Marina Duarte de Souza

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