Em Arcoverde, o Flamengo de Arcoverde, tradicional equipe da cidade, enfrenta um novo capítulo em sua história. Por décadas, o clube utilizou o Estádio Municipal Souto Maior para sediar suas partidas e receber a torcida, mas a situação ganhou contornos delicados com as recentes decisões da administração municipal.
Em entrevista concedida ontem, 04 de fevereiro de 2025, à jornalista Zalxijoane, da Rádio Itapuama FM, o presidente do clube, Gabriel Castilho, relatou que a atual gestão do prefeito Zeca Cavalcanti solicitou a desocupação do estádio. Segundo Castilho, a decisão foi tomada mesmo diante dos esforços e investimentos realizados pelo clube. “Investimos cerca de R$ 120 mil em melhorias necessárias no estádio – quantia que supera as obrigações contratuais – e, mesmo assim, a administração não ofereceu o apoio esperado”, afirmou o presidente.
Além do investimento financeiro, o clube também enfrentou dificuldades impostas por questões de segurança. De acordo com o relato, restrições do Corpo de Bombeiros limitaram a capacidade do estádio a 510 torcedores, um número que, segundo o dirigente, poderia ser ampliado caso as reformas tivessem sido realizadas em tempo hábil.
A tensão entre o Flamengo de Arcoverde e o poder público vem se acumulando desde a mudança na gestão municipal, e a solicitação para desocupar o estádio representa o ápice de um conflito que já vinha se desenrolando há algum tempo. Para o presidente do clube, essa decisão evidencia a falta de diálogo e o descaso com a história e a importância social do time para a cidade.
Enquanto a comunidade e os torcedores aguardam por respostas e possíveis soluções, o episódio levanta questionamentos sobre o papel da administração municipal no apoio a iniciativas esportivas e na preservação de espaços culturais e de lazer em Arcoverde. O desenrolar dos acontecimentos promete movimentar não apenas o universo esportivo, mas também o debate sobre políticas públicas voltadas para o esporte e a cultura na região.
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