sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Roberto Carlos: 44 anos de especial respaldado por audiência

Em 2017, show de fim de ano na Globo atingiu os maiores números em 12 edições


Já são 44 anos que Roberto Carlos separa suas canções, faz uma lista de convidados e se apresenta, todo ano (menos um, 1999), na TV Globo. Muito Romântico, o especial deste ano, vai ao ar nesta sexta-feira, 21, às 22h20, depois de O Sétimo Guardião. O programa estreou em 1974 (cinco anos depois do JN, um depois do Fantástico), e num formato com poucas mudanças mantém um sucesso de audiência intocável: em 2017, ao atingir 31,2 pontos de média de ibope em São Paulo, bateu seu recorde em 12 anos.

Em 2018, foram 500 profissionais envolvidos na logística e produção do show, 4 meses de pré-produção até o dia da gravação (4/12), 7 dias de ensaio.


Além da estreia de Marina Ruy Barbosa com o microfone, Michel Teló, Alejandro Sanz, Zizi Possi e o filho de Roberto, Dudu Braga, participam do show. Foram 3 dias de montagem do palco e estrutura, montados num dos estúdios da Globo no Projac - que em noite de gala recebe estrelas da dramaturgia e jornalismo da emissora (de camiseta e colete de imprensa, o repórter do Estado foi confundido com um dos garçons que serviam bebidas num lounge anexo ao estúdio; ato falho perdoável). O palco esse ano teve 4 painéis de led, totalizando 144 metros quadrados, e um número maiúsculo de 110 mil contas nas cortinas que enfeitaram o palco, mudando de luz de acordo com a música.
Roberto Carlos canta em showFoto: Silvana Garzaro / Estadão

A música

Toda gravação de show ao vivo, seja para DVD, seja para a TV, apresenta uma espécie de artificialidade intrínseca à produção: o set está montado, a plateia sentada, o teleprompter a postos e as interações ensaiadas e escritas - mas o produto final é para a TV, como se verá nesta noite. Eventualmente alguma coisa sai do script, como quando num intervalo Roberto elogiou os cabelos lisos de Zizi Possi. "O seu nasceu assim, o meu precisou de progressiva", riu. "Na Jovem Guarda, a gente usava touca, até ferro de passar. Quando apareceu a progressiva, lamentei que não foi naquela época. Queria ter o cabelo do Paul McCartney, lisinho", riu o cantor.


Detalhes, Como Dois e Dois (1971), Proposta (1973), Você em Minha Vida(1976), Roberto canta sozinho, com a big band orquestrada pelo maestro Eduardo Lage e direção musical de Guto Graça Mello (o programa tem direção artística de LP Simonetti, direção geral de Mario Meirelles).

Michel Teló - que mandou emoldurar o terno que usou na sua primeira participação no especial, em 2012, e o pendurou numa parede de sua casa - sobe para cantar Caminhoneiro, sucesso dos anos 1980. "Quando o motorista cansava nas viagens do Tradição, eu levava. Tenho carteira de ônibus e caminhão, é uma música que me marcou muito", disse o cantor paranaense no camarim, antes do show. Roberto abre depois espaço para sua Humilde Residência.

Lançada esse ano e parte do disco mais recente do Rei, Amor Sin Límite, Esa Mujer é um dueto camarada de Roberto e Alejandro Sanz, interpretado no palco pelos dois: "Suelta, camina, y olvida de alguna manera", aconselha Sanz ao amigo na canção. "Roberto Carlos é como o natal", disse o bem humorado espanhol antes do show. "Esteve sempre com a gente." O convite rolou quando Sanz cantou na homenagem dos Latin Grammy a Roberto Carlos em 2015. "Ele me disse que tinha esse show especial de fim de ano na TV no Brasil... eu sabia!", brincou. Os dois acertaram a participação e Sanz acabou também no disco.

O próprio espanhol prepara um novo álbum para 2019, que terá a participação da popstar Camila Cabello. No especial, ele canta sozinho No Tengo Nada, seu single mais recente.

Zizi Possi canta com Roberto A Paz, de Gil e João Donato, e também o standard italiano Non Ti Scordar Di Me.

Em seguida, depois de dedicar Menina para Marina Ruy Barbosa, o cantor recebeu a atriz no palco para uma performance de Na Paz Do Seu Sorriso(1979). Foi a primeira vez que a atriz cantou para uma audiência assim. "É tão emocionante estar no palco com o Roberto, eu nem sei se vai ficar bom, mas nos ensaios me diverti muito. Realmente são muitas emoções", brincou a atriz, antes do show. Ela não quis prometer um "futuro" na música, mas disse estar grata por poder participar de um momento especial tão jovem - ela tem 23.

O último encontro foi um familiar: Dudu Braga, filho de Roberto, tocou com o pai e com sua banda RC na Veia - que esse ano lançou um disco com versões rock n' roll do repertório do Rei - alguns dos clássicos, como É Proibido Fumar, Lobo Mau e Eu Sou Terrível. "Na verdade, o Dudu é que é meu grande ídolo", disse Roberto, sobre o filho, baterista da banda e deficiente visual.

Não é novidade que o show se encerra com Jesus Cristo e a tradicional entrega das rosas.

A emissora não divulga valores, mas relatos dão conta que são milhões de reais por mês para que Roberto não faça nada em outras redes - e se apresente, enfim, no fim de ano da Globo.

Fonte: www.terra.com.br

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