O comunicado, datado de 10 de janeiro, foi divulgado nesta madrugada de segunda. "David Bowie morreu em paz, cercado por familiares após uma corajosa batalha de 18 meses contra o câncer. Como muitos de vocês compartilharão essa perda, pedimos que respeitem a privacidade da família durante este período de luto", informa o texto.
Confira as fases da camaleônica carreira de David Bowie
(Arte de Fred Bottrel, Lucas Rage e Fernanda Machado sobre ilustração de Hellen Green)
David Robert Jones nasceu em 8 de janeiro de 1947 no seio de uma família modesta de Brixton, um bairro popular do sul de Londres. Abandonou a escola na adolescência e saltou à fama em 1969 com "Space Oddity", uma mítica balada sobre a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço.
A partir de então, multiplicou seus álbuns, mudou sua música, encarnou diferentes personagens, convertendo-se no homem das mil faces, graças a sua formação como mímico, seu gosto pela moda ou seu amor pelo teatro kabuki. Também participou de muitos filmes.
Não deixou de lançar discos e fazer turnês até o início dos anos 2000, mas um problema cardíaco sofrido no palco durante um festival alemão em junho de 2004 pôs fim a esta época tão frutífera.
Ouça as playlists com a discografia completa do artista
(Arte de Soraia Piva sobre imagens de divulgação)
Forçado a um longo repouso por quase uma década, suas aparições foram escassas, mas os últimos anos voltaram a ser prolíficos.
Há três anos, o músico britânico escolheu o dia de seu aniversário para romper uma seca musical com a música "Where Are We Now?". Esta canção repleta de referências a sua etapa em Berlim avivou uma chama que alguns consideravam vacilante.
Dois meses mais tarde, um novo álbum com tons de rock, "The Next Day", confirmou o retorno em plena forma do influente e camaleônico artista.
Entre seus últimos projetos, destaca-se a música que acompanha os créditos da série de televisão franco-britânica "The Last Panthers", uma comédia musical ou algumas contribuições, como no último álbum do The Arcade Fire.
Em "Blackstar", representado por uma misteriosa estrela negra de cinco pontas, a bateria e o saxofone compartilham o protagonismo com a inconfundível voz de Bowie.
O artista se diverte esticando e desestruturando suas músicas, que superam amplamente o formato padrão de três ou quatro minutos. Também há ressonâncias com seus trabalhos anteriores, como o clássico "Low" (1977) ou "Black Tie White Noise" (1993) que relançou Bowie após os difíceis anos 1980.
(Com France Presse)
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