sábado, 20 de julho de 2019

Novo patrimônio vivo de Pernambuco, mestre Assis Calixto dedica honraria ao irmão

Com 74 anos, mestre dedicou mais de 60 deles ao samba de coco. Irmão de Assis, Lula Calixto fundou o grupo Samba de Coco Raízes de Arcoverde, em 1992.


Fonte:  Diogo Franco, TV Asa Branca
Mestre Assis Calixto se torna patrimônio vivo de Pernambuco

Assis Calixto foi eleito na quarta-feira (10) como novo patrimônio vivo de Pernambuco. Além dele, outros cinco personagens foram escolhidos pelo Conselho Estadual de Preservação Cultural. Natural de Sertânia, no Sertão de Pernambuco, o mestre tem 74 anos e dedicou mais de 60 deles a cultura popular.

Ele é um dos responsáveis por fazer de Arcoverde, também no Sertão, a "Capital do Samba de Coco". O mestre lembra que teve o primeiro contato com o coco quando tinha apenas seis anos. Ele dedicou a honraria ao irmão Lula Calixto, morto há 20 anos. Lula fundou o grupo Samba de Coco Raízes de Arcoverde, em 1992, e Assis deu continuidade ao legado.


"Tudo que eu faço foi inspirado por ele. Acho que até as músicas que eu faço mesmo, é tudo ele que traz essa inspiração'', afirmou Assis.
Mestre Assis Calixto em apresentação do Coco Raízes de Arcoverde — Foto: Roberta Guimarães/Secult-PE/Divulgação

Já a frente do grupo, levou a embolada do Sertão, influenciada pela cultura indígena e negra, para todas as regiões do Brasil e mais cinco países. No período junino, milhares de pessoas visitam Arcoverde para assistir o espetáculo do Coco Raízes no Alto do Cruzeiro.

Mestre Assis Calixto diz que se entrega ao samba de coco para manter viva a história de um povo. "Era a dança dos escravos quando saia do trabalho e a noite ia se divertir, fazia o coco, eles faziam a capoeira e todas essas coisas que tem a cultura do nosso Brasil é através dos escravos, só que o coco não se sabia o que era, estava dançando e se divertindo mas não tinha um nome, porque foi muita pesquisa para chegar o nome do coco", finaliza.

Sobre os novos patrimônios vivos

Após essa eleição, o estado conta com 63 patrimônios vivos. A diplomação dos vencedores acontece em 16 de agosto de 2019, no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife. Eles passam a receber uma bolsa vitalícia de R$ 1,6 mil, no caso de pessoa física, e R$ 3,2 mil, no caso de grupos e pessoas jurídicas.


Segundo a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o objetivo do prêmio é “reconhecer, estimular e proteger iniciativas que contribuem para o desenvolvimento sociocultural e profissional dos mestres e das mestras e grupos de notório saber”.

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