Reconhecendo talentos de todas as regiões do Estado, a premiação celebra a diversidade e a força da literatura pernambucana.
O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura (Secult-PE), anunciou nesta quinta-feira (30), os vencedores do 11º Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, iniciativa que reafirma o compromisso do Estado com o estímulo à produção literária contemporânea e à democratização do acesso às políticas culturais. O concurso contemplou quatro autores pernambucanos, representantes das macrorregiões do Sertão, Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife.
O grande vencedor desta edição foi o sertaniense Pedro Lucas Monteiro de Almeida, também premiado na categoria Sertão, com a obra “O arraial das sete sangrias”. Natural de Sertânia, no Sertão do Moxotó, Pedro Lucas nasceu em 2003 e atua como produtor audiovisual independente. Sua trajetória artística começou no teatro popular de rua e no cinema documental, explorando as expressões culturais do Sertão Pernambucano, onde nasceu e cresceu.
Pedro Lucas Monteiro, vencedor do Sertão e Grande Vencedor
Na categoria Agreste, o vencedor foi o caruaruense Alyson Monteiro, com a obra “O barro que somos feitos”. Produtor cultural, revisor, escritor e editor, Alyson é sócio-fundador da Editora Arrelique e atua em diversos projetos literários em Caruaru, como Caruaru em Novas Letras, Caruaru Malassombrado e o sarau Nem Tudo o que Há no Mundo, além de integrar o Leia Cordel Caruaru.
Alysson Monteiro, vencedor do Agreste
Representando a Região Metropolitana do Recife, o premiado foi Fábio Andrade, com a obra “O morto impertinente”. Professor de literatura brasileira e portuguesa, Fábio é autor dos livros de poesia “Luminar presença & outros poemas” (2005) e “A transparência do tempo” (2009) – este último vencedor do Prêmio Literário Cidade do Recife. Pela Cepe Editora, publicou ainda “O fauno nos trópicos: um panorama da poesia decadente e simbolista em Pernambuco” (2014).
Fábio Andrade, vencedor da RMR
Pela Zona da Mata, o premiado foi Augusto Borges, autor da obra “É preciso se lançar nas asas de um urubu”. Nascido na Ilha de Itamaracá, Augusto é um escritor versátil, que transita entre diferentes gêneros literários, mesclando magia, regionalismo e imaginação. Atualmente, vive em Vitória de Santo Antão, onde também atua como ator e produtor de conteúdo literário.
Augusto Borges, vencedor da Zona da Mata
As quatro obras selecionadas receberão premiação de R$ 18 mil cada, sendo que o Grande Prêmio, conferido à obra de Pedro Lucas Monteiro, garante um valor adicional de R$ 18 mil, totalizando R$ 36 mil. As obras serão publicadas pela Cepe Editora, com tiragem de 600 exemplares (800 para o Grande Prêmio). Cada autor receberá 100 exemplares de sua obra.
A secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, destacou a importância da iniciativa para a consolidação de uma política literária abrangente e descentralizada: “O Prêmio Hermilo Borba Filho reafirma o papel do Estado como promotor da diversidade cultural e da criação literária em todas as regiões de Pernambuco. Cada obra premiada traz a força das vozes que emergem de diferentes territórios, revelando novos olhares sobre o nosso tempo e nossa identidade. É motivo de orgulho ver a literatura pernambucana florescer com tanta vitalidade e pluralidade”.
Instituído pela Secult-PE, em parceria com a Fundarpe e com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), o Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura é um dos mais importantes reconhecimentos à escrita contemporânea no Estado. A iniciativa tem como objetivo valorizar, incentivar e difundir a produção literária de autores pernambucanos, reforçando a tradição cultural que faz da literatura um dos pilares da identidade do povo de Pernambuco.
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