Num tempo em que a velocidade do presente ameaça engolir as lembranças do passado, o professor, empresário e historiador Roberval Ramos Ferreira reafirma sua crença no poder transformador da cultura. Na noite deste domingo, 18 de maio, ele rompeu convenções e lançou um marco para a história regional: a inauguração do primeiro museu particular de Buíque.
Mais que um evento, o encontro foi um gesto de resistência e celebração da identidade local. Com um grupo seleto de convidados, entre eles empresários, intelectuais e o aclamado cordelista Paulo Tarcísio, Roberval apresentou um acervo cuidadosamente reunido ao longo dos anos. São objetos, imagens e registros que narram, com sensibilidade e vigor, a trajetória de Buíque e de seus protagonistas cotidianos.
O espaço não é apenas um repositório de peças antigas, mas um lugar de memória viva. Cada objeto ali exposto carrega o peso simbólico das mãos que o produziram, das histórias que o moldaram. E, enquanto as peças sussurravam o passado, a voz do cantor pesqueirense Jorge Patriçio servia de trilha sonora para esse reencontro com as raízes.
Ao abrir as portas deste novo museu, Roberval Ramos não apenas preserva a memória, ele a compartilha, a celebra, a renova. Seu gesto, ao mesmo tempo individual e coletivo, cria um ponto de encontro entre o ontem e o hoje, convidando todos que cruzarem aquelas portas a se reconhecerem parte de uma narrativa maior.
Buíque, a partir de agora, conta com mais que um museu. Conta com um farol cultural uma casa de memória erguida por quem acredita que o passado é a argamassa que sustenta o futuro.
Fonte: ByAdauto Nilo.
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