sexta-feira, 10 de abril de 2020

Celebração da sexta-feira da paixão, na Fundação Terra


“Se quisermos manifestar Cristo em nossa vida, teremos de viver e passar por uma forma de crucificação. Esse mistério da cruz nós carregamos em nossa vida e outro Cristo não podemos pregar e viver, senão aquele que foi morto e ressuscitado por nossas culpas, por nossas falhas, por nossas faltas: Cristo crucificado. A cruz de Cristo, essa é a realidade que não podemos evitar, e, por ela, todos teremos de passar. Não significa culto ao sofrimento, mas conversão a viver para o que é essencial. E isso custa cruz.” (Pe. Airton Freire).
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“Todos nós vivemos um estado de contínua tensão entre o já e o ainda não, entre o que queremos - porque ainda não o somos - e aquilo que buscamos e, só em parte, vislumbramos. Uma preciosidade num corpo que é frágil, nós trazemos. Humana e, portanto, limitada, nossa natureza leva-nos a cair. Outra parte, a que como potencialidade trazemos, é a que nos abre chance para que, a cada queda, superemo-nos. Se sincero for o desejo de acertar, passos adiante, malgrado as quedas, poderão ser dados. Que seja, contudo, o amor a condição, sem o que, nada do que se tiver construído, permanecerá.” (Padre Airton).
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"Podemos, de antemão, adiantar que a salvação que nos trouxe Jesus não foi porque lhe deram morte de cruz (Fil 2, 8), mas porque viveu para o Pai em absoluta fidelidade. Isto é, Cristo mereceu de Deus a salvação para todo o gênero humano, o que por nós próprios não conseguiríamos. Tendo vindo para fazer, em tudo, a vontade do Pai, Cristo Jesus encontrou uma tal recusa de sua oferta de amor à humanidade que outra saída, em circunstâncias tais, não havia senão aceitar a morte. Veio para o que era seu e os seus não o receberam (Jo 1, 11). Ele foi objeto de recusa, bem como a Boa Notícia que anunciava. Quanto à sua morte, aos poucos é que para Ele ia se definindo, à medida em que, mais explicitamente, fecha-se o cerco contra Ele. Foi a partir do Não ao Filho (expresso na cruz) que Deus transformou em Sim, em razão de Seu amor incondicional à humanidade. Isso é completamente diferente do que se canta em algumas comunidades cristãs: Deus enviou Seu Filho amado para morrer em meu lugar; na cruz pagou os meus pecados... Essa compreensão acerca da ação de Deus, embora bastante difundida, não corresponde ao pensamento do Evangelho de João, por exemplo. Jesus é o sim de Deus (cf. II Cor 1, 19). A cruz, o sangue, a dor foram consequências desse Sim absoluto ao Pai. Nele a humanidade com Deus foi reconciliada. A cruz, então, antes expressão de recusa, foi transformada em sinal de salvação." (Pe. Airton).
Fotos: Facebook Padre Airton Freire.

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