Para que a população conheça melhor os responsáveis por cada secretaria, a Prefeitura de Arcoverde, através da Secretaria de Comunicação, está realizando uma série de entrevistas trazendo informações sobre o funcionamento de cada pasta. A seguir, a entrevista concedida por Patrícia Padilha, Secretária de Assistência Social de Arcoverde.1-Fale um pouco de você e sobre o cargo que ocupa.
Sou Patrícia Cursino Padilha, estou secretária de Assistência Social de Arcoverde, assumi o compromisso de estar à frente desta importante pasta. Estou muito satisfeita em trabalhar com públicos prioritários, uma vez que o Prefeito, Welington Maciel, em seu compromisso de gestão, destaca que quer trabalhar para todos, firmando parcerias e dando prioridade para as comunidades carentes.
A política de Assistência Social é para todos os que dela necessitam, nós trabalhamos diretamente com as pessoas mais vulneráveis, em condições de pobreza e extrema pobreza, além de pessoas que tiveram seus direitos violados, não tendo acesso a direitos básicos como saúde, educação, alimentação e também aquelas que sofrem violências das mais diversas. Além disso, trabalhamos com a erradicação do trabalho infantil, com o enfrentamento a violência contra a pessoa idosa, crianças, mulheres, grupos LGBT, negros, pessoas com deficiência e outros públicos específicos, buscando desenvolver políticas inclusivas.
2-Por favor, resuma como funciona o trabalho da sua secretaria e um pouco sobre as principais ações da secretaria até o momento.
O trabalho é pautado em uma rede de proteção social que atua diretamente com o público que precisa da política de assistência. Compõem o SUAS a Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial, com vários equipamentos ligados a estas proteções. Temos 3 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) referenciados em territórios distintos: um no São Cristovão, um no São Geraldo e outro na Cidade Jardim, que são a porta de entrada para o atendimento das famílias.
3- Como funciona o CRAS?
O CRAS tem por objetivo atender as famílias vulneráveis e levá-las a acessarem os serviços ofertados pela política de Assistência, como também realiza o encaminhamento das famílias para que estas possam acessar outros serviços da rede de proteção: a rede de saúde, educação, entre outros.
A família pode procurar o CRAS de forma voluntária, neste espaço é realizado o acolhimento e o cadastro destas famílias, pelos profissionais técnicos que fazem parte destes equipamentos. Na recepção é feita a acolhida e uma entrevista com a família ou com o responsável por ela, e a partir destes dados coletados a equipe irá verificar se essa família necessita ser inserida PAIF – Programa de Proteção e Atendimento Integral à Família e a partir daí o acompanhamento se inicia, com possibilidade de promoção de ganhos sociais e matérias das famílias, encaminhamento para o Cadastro Único, para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência e idosos, ou se precisa de algum outro tipo de benefício eventual da política de assistência: concessão de cesta básica, aluguel social, auxílio funeral...
Os integrantes da família também podem ser inseridos no programa Assesuas Trabalho, que prioriza a inserção do usuário no mercado de trabalho. As crianças e idosos também podem fazer parte dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), os quais temos 12 núcleos em nossa cidade, abrangendo a Vila São Francisco, Sucupira, Terceiro BPM, Cidade Jardim, São Cristovão e Zona Rural, que fazem um trabalho específico com crianças, adolescentes e idosos.
4- Qual a função do Cadastro Único?
O Cadastro Único é um equipamento que cadastra famílias em situação de vulnerabilidade social, tomando como base renda específica, que ganham até meio salário mínimo por pessoa ou até três 3 salários mínimos de renda mensal total. Famílias em situação de pobreza e extrema pobreza podem receber o Bolsa Família. Para receber qualquer benefício é necessário ter o cadastro único, só assim as famílias poderão acessar programas do Governo Federal a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, BPC, Tarifa Social de Energia Elétrica, Programa Criança Feliz, entre outros.
5- Como funciona a Proteção Social Especial?
A Proteção Social Especial é composta pela média e a alta complexidade. Na Proteção Social Especial de Média Complexidade, temos em nosso município o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), uma unidade responsável por orientar e prestar serviços especializados a indivíduos e famílias que tiveram seus direitos violados. Oferecendo serviços continuados a cidadãos em situação de risco pessoal, como negligência e abandono, ameaça e maus tratos, violência física psíquica ou sexual e discriminação social. Oferece ainda a Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). No CREAS também acontece o serviço de proteção social ao adolescente que cumpre medidas socioeducativa, que consiste em liberdade assistida ou prestação de serviços comunitários.
Na alta complexidade nós temos a casa de acolhimento Antônio Galindo Viana. Uma casa mantida com recursos municipais que acolhe crianças de zero a 18 anos incompletos, retiradas do convívio familiar por algum tipo de violação de direitos, através de ordem judicial, até que voltem para suas famílias ou sejam adotadas.
6-Como a população pode acessar os serviços desta secretaria?
A população acessa os serviços por iniciativa própria indo a um dos nossos equipamentos ou através da busca ativa da própria secretaria, a exemplo da população de rua, ou por meio de denúncias que chegam até nós de famílias que estão em situação de pobreza e extrema pobreza e que necessitam da intervenção da política para superarem as vulnerabilidades, a equipe faz uma visita domiciliar ou uma abordagem social para dar os devidos encaminhamentos.
7-Como a população pode colaborar com o trabalho da secretaria?
Sendo parceira das ações realizadas pela Assistência, como já aconteceu em outras ocasiões. A população se reúne em períodos de crise para fazer doações e através da secretaria estas doações chegam as pessoas. Os empresários também podem participar de campanhas e adotar serviços, a exemplo da Casa de Acolhimento, a Casa 60+, oferecendo parceria para a manutenção, doando mantimentos e outros produtos. Além disso, a população pode entrar em contato com o CREAS ou Secretaria para fazer denúncias de violações de direitos, maus tratos, e nos ajudar no combate a essas violações.
Ascom – Prefeitura de Arcoverde
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