terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Aprender a servir



Servir é uma atitude que engrandece o ser humano. Através do Servir, me sinto gente. O Servir preenche a alma, aquece o coração, dá sentido à vida.
Contudo, é preciso saber servir. Ou, aprender à servir. É preciso perceber quando, como e onde o meu servir pode fazer a diferença. Muitas vezes, o servir é apenas ouvir, apenas estar a disposição. A forma mais comum de servir é trabalhar, colaborar, fazer algo para alguém que necessite do que eu posso oferecer.
Em certas ocasiões, preciso compreender e aceitar que o meu servir, naquele momento, não faz a menor diferença. É como um copo d’água ao lado da fonte. Que serventia tem? Já no deserto, um copo d’água pode servir para salvar uma vida. 
A questão é: o copo d’água muda de valor conforme a ocasião? Penso que não. Um copo d’água é um copo d’água. O valor é o mesmo. O que muda é o quanto ele serve ou não, dependendo do momento ou ocasião.
Essa distorção acontece muito nos nossos relacionamentos. As vezes me sinto mal, quando o meu servir em determinada ocasião, não é solicitado ou já não faz mais diferença. Falo aqui de todo o tipo de servir. Desde ser contratado por uma empresa até a serventia dos produtos que eu fabrico. A sensação que dá quando meus serviços são dispensados é que não tenho mais valor.
Preciso entender que, em certas ocasiões, meu servir não faz mesmo tanta diferença. Não ajuda. Não contribui. Isso é mais que normal. Nem por isso perco o meu valor. É o meu servir que perdeu a importância ou serventia para aquele momento ou ocasião. Não eu. E tudo bem. Talvez seja hora de buscar outras formas de servir. 
Vejo pessoas ficarem extremamente desiludidas quando isso acontece. Isso fica muito claro, por exemplo, nas dispensas feitas nas empresas. Por mais que a pessoa entenda que seus serviços já não são mais necessários, ainda assim, quando dispensados, fica deprimida, sente se rejeitada, desvalorizada.
Esse engano é crítico. É uma crença equivocada que pode gerar muita dor e ressentimentos. Perceber isso e sair da postura de vítima é uma libertação.
Por isso, é crucial compreender que o valor da pessoa não se mede pelos serviços que presta ou pelos produtos que faz. Todo ser humano tem valor inestimável.
Mas aquele que aceita quando o seu servir já não é mais necessário, e busca servir com sabedoria, onde o seu servir pode fazer a diferença, aprende a servir com maestria. 

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