terça-feira, 19 de abril de 2016

A EVOLUÇÃO DO SOM AUTOMOTIVO AO LONGO DAS DÉCADAS

Como a tecnologia transformou a maneira de ouvir música dentro do carro

Rádio toca-fitas Bosch Rio de Janeiro, um clássico dos anos 1980 | Crédito: Flavio Bari

Motorola 5T71, o primeiro rádio para carro | Crédito: Divulgação

1 - Rádio

Em 1930, Paul Galvin lançou o primeiro rádio para carro, a 110 dólares (1.490 atuais). Era o Motorola 5T71 - o nome era mistura de "motor" e "ola", que forma palavras como vitrola ou moviola. O sucesso foi tanto que a empresa mudou seu nome e virou a Motorola, hoje mais conhecida pelos celulares.
Rádio FM | Crédito: Divulgação

2 - Recepção FM

Nos antigos rádios, os chiados faziam parte da programação. Mas isso começaria a mudar em 1952, quando a Blaupunkt começou a vender o Autosuper, que usava a frequência modulada (FM). Se por um lado ele tinha alcance menor, por outro oferecia a vantagem de reduzir interferências e melhorar a fidelidade do som. Além disso, enquanto as AMs se dedicavam à música para adultos, mais conservadora, as FMs surgiram com foco na música jovem (pop e rock).


Highway Hi-Fi | Crédito: Divulgação

3 - Vitrola

Até 1956, música no carro, só no rádio. Quem tinha dinheiro (e um Chrysler) pôde então comprar um Highway Hi-Fi, primeiro toca-discos para carros. Não bastasse o alto preço e o fato de o tamanho só comportar discos de compactos, com uma música de cada lado, ainda era difícil de curtir a música sem que a agulha pulasse nas irregulares ruas da época.
Muntz Stereo Park | Crédito: Reprodução

4 - Cartucho

O Muntz Stereo Pak surgiu em 1962 como o primeiro toca-fitas de cartucho. Era uma maneira mais eficaz de curtir um bom som do que a vitrola e não precisava rebobinar (o fim da fita era emendado ao seu início). Até que veio a fita cassete e aposentou-o de vez.
Toca-fitas do VW Santana EX 1990 | Crédito: Christian Castanho

5 - Fita cassete

Se o cartucho já era uma boa evolução sobre o disco de vinil dentro do carro, imagine o que foi o Compact Cassette, criado pela Philips, em 1963. Virou o padrão para som automotivo nos anos 70 e 80, por ser mais confiável, permitir gravações caseiras com qualidade equivalente à da matriz e, principalmente, permitir ao usuário fazer sua própria seleção de músicas.
CD Player | Crédito: Christian Castanho

6 - CD player

O atrito da agulha nos discos de vinil, ou do cabeçote na fita, gerava ruídos que só acabaram com a leitura a laser, desenvolvida pela Sony e Philips e lançada em 1982. Só na década de 1990, porém, foram criados dispositivos de amortecimentos capazes de suportar as vibrações do veículo ao rodar, sem que o CD pulasse. Com a popularização dos CD-R graváveis e a criação do formato MP3, foi possível colocar mais músicas no CD e, depois, num pendrive.
Disqueteira para oito discos | Crédito: Divulgação

7 - Disqueteira

Febre nos anos 1990, ficavam, em geral, no porta-malas e sofriam menos com os buracos que o CD player de painel, graças a sofisticados sistemas antivibração. Levavam de seis a 12 discos, mas criaram um sério dilema para os motoristas na hora de escolher os álbuns - para trocar os kit de CDs, o motorista era obrigado a sair do carro.
Receptor de rádio via satélite SiriusXM | Crédito: Divulgação

8 - Via satélite

Que tal ter uma enorme variedade de emissoras, mas sem problemas de recepção ou anúncios? Nos EUA, o rádio via satélite foi dominado pelas empresas Sirius e XM, cuja sintonia depende de um receptor próprio. O maior problema são os custos de implementação de uma rede de satélites destinada a esse fim. Mesmo nos EUA, onde há mais usuários, Sirius e XM tiveram de se unir para sobreviver no mercado em meio à concorrência da música via streaming ou gravada em HDs.
Músicas armazenadas no HD da central multimídia | Crédito: Divulgação

9 - Disco rígido

Após o CD player, veio o DVD player e, depois, as centrais multimídia, que também incluíam TV e câmera de ré. Com o advento das memórias de alta capacidade, o sistema evoluiu e agora é possível pôr as músicas no disco rígido do aparelho, a maioria com capacidade para alguns gigas (1.000 megabytes).
Spotify integrado à central multimídia do carro | Crédito: Divulgação

10 - Na nuvem

Após o CD e o pendrive, a música digital migrou para outros ares. Com a popularização das centrais multimídia com conexão para internet ou espelhamento com smartphones, já é possível utilizar no carro apps como o Spotify, que combina a transmissão de música via streaming com o download de playlists no HD, para os momentos em que não houver conexão disponível.

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